Auditório lotado e apresentações de alto nível marcaram o 10º Simpósio dos Empresários de Fomento Comercial do Estado de São Paulo, realizado em 29 de setembro de 2017 no Teatro Raul Cortez, sede da FECOMERCIOSP.
Na abertura do evento, o presidente do Sindicato, Hamilton de Brito Junior (Credere Consultoria e Fomento Mercantil), frisou que o espaço ocupado foi mais que o dobro em comparação a anos anteriores, quando o encontro aconteceu no plenário da mesma Federação.“Em relação ao primeiro Simpósio, realizado em 2008, nós temos hoje um público quase dez vezes maior”, disse ele, referindo-se às quase 350 pessoas presentes.
Após fazer um apanhado da programação e dos seus protagonistas, Hamilton traçou um rápido panorama da atualidade, frisando que a economia dá sinais de descolamento da política, com todos os índices mostrando uma recuperação sustentada.
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Também saudaram a plateia na abertura do Simpósio o presidente da ANFAC e da Federação Brasileira de Fomento Comercial (FEBRAF), Luiz Lemos Leite, a deputada estadual Célia Leão, o presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços (CEBRASSE), João Diniz, e, representando o prefeito João Doria, a vice-presidente da Câmara Municipal, Edir Sales, que surpreendeu a todos entregando ao SINFAC-SP voto de júbilo e congratulações, aprovado em plenário pelos seus colegas vereadores.
Destaque para a esperada palestra do filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella, que encerrou as atividades do evento abordando o tema “Da Oportunidade ao Êxito. Mudar é Complicado? Acomodar é Perecer!
“A única coisa permanente é a mudança”, disse ele, referindo-se ao pensador Heráclito. “Nas partes deste simpósio a que assisti percebi a nítida preocupação com a mudança de processos e modos de fazer e pensar”, afirmou.
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Em seguida, apontou diferenças de hábitos de dez anos atrás aos de hoje, envolvendo desde aspectos tecnológicos até geoeconômicos.
“Num mundo assim, de mudanças em velocidade, o grande risco é se achar que está pronto, já sabe e conhece tudo. “Eu sempre fiz assim, há 30 anos eu trabalho com factoring. Cuidado com frases desse tipo”, advertiu.
“Na vida é preciso ter raízes, não âncora. Raízes te alimentam, mas a âncora te imobiliza”, disse o estudioso, ao lembrar o perigo do mudancismo desenfreado, pois há coisas que se devem alterar, outras nem tanto. Por exemplo, confiabilidade, relacionamento e capacidade são valores antigos que merecem continuar sendo cultivados.
É preciso, segundo ele, não perder a oportunidade de atualizar a cabeça, a prática, a percepção. E concluiu:
“Num mundo em que a única coisa permanente é a mudança, é preciso preservar, guardar, proteger aquilo que é antigo, descartar aquilo que é velho e anacrônico, mas, antes de tudo, sermos capazes de caminharmos juntos de modo exitoso em direção a um futuro cada vez mais sólido, decente, exuberante e, claro, muito mais alegre”.
Fonte: SINFAC-SP